Olá!
Ontem, 19/03/25, foi publicado um texto na Harvard Business Review sobre um artigo clássico do Henry Mintzberg: “O trabalho do gerente: folclore e fatos.”
Vou deixar aqui embaixo um resumo para sua reflexão.
Henry Mintzberg, renomado acadêmico da gestão, revisita suas ideias centrais sobre o trabalho gerencial em uma entrevista que celebra os 50 anos de seu artigo clássico “O trabalho do gerente: folclore e fatos”.
Ele destaca que sua principal contribuição ao campo foi reformular conceitos, como a estratégia, que ele vê mais como um processo de aprendizado do que de planejamento rígido. Também critica métodos tradicionais de treinamento de gestores, defendendo a aprendizagem social e a troca de experiências.
Em relação à estrutura organizacional, Mintzberg argumenta que as organizações são frequentemente mal compreendidas e categorizadas de forma simplista, o que leva a erros na gestão. Ele classifica as organizações em quatro tipos principais: pessoal, programada, profissional e baseada em projetos, enfatizando que cada uma requer abordagens de gestão distintas.
Além disso, Mintzberg reforça sua teoria da estratégia emergente, comparando a reestruturação organizacional a um parque onde os caminhos devem ser pavimentados conforme o uso real das pessoas. Em outras palavras, as estruturas devem se adaptar às conexões naturais entre os trabalhadores, ao invés de serem impostas arbitrariamente.
Para líderes e gestores, ele destaca a importância de reconhecer corretamente o tipo de organização que estão conduzindo, pois aplicar princípios errados pode comprometer seu desempenho. Ele também alerta para a ênfase excessiva na liderança em detrimento da gestão, argumentando que o foco excessivo em figuras inspiradoras pode resultar em falta de uma administração sólida e fundamentada na realidade operacional.
Um exemplo prático que Mintzberg menciona é a abordagem de Jack Welch na GE, que resolveu um problema complexo ao ir diretamente à fábrica e conectar engenheiros de diferentes divisões, demonstrando que a gestão eficaz exige proximidade com a operação real.
Ele critica a forma como gestores são frequentemente selecionados de cima para baixo, sem considerar o feedback daqueles que são diretamente gerenciados por eles, o que pode resultar na escolha de líderes inadequados. Ele defende que a participação dos subordinados pode fornecer insights valiosos sobre o estilo de gestão dos candidatos.
Por fim, Mintzberg reflete sobre as mudanças na gestão empresarial ao longo das décadas, destacando a crescente tecnocracia na administração de grandes empresas e o ressurgimento do empreendedorismo. Ele aponta que organizações tendem a refletir a época em que foram fundadas e que a automação está forçando mudanças profundas na estrutura organizacional, transformando burocracias tradicionais em organizações voltadas para projetos. Ele conclui que, em um mundo cada vez mais automatizado, as empresas precisam repensar constantemente suas formas de funcionamento para se manterem competitivas.
Veja alguns destaques do artigo:
Espero que este breve resumo possa ser útil para você
Abraço e sucesso!